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sábado, 13 de março de 2010

OS VILÕES... SERÁ?

A impressão que tenho, é que os professores da rede pública
são os vilões do nosso tempo. São ultrapassados, incompetentes,
conformados e agora com a greve, "inimigos da educação".
Se isso é uma realidade, por que as autoridades competentes
não mudam este quadro? Por que será que a escola não muda?
Vocês já repararam que a escola do século XXI é a mesma do
século retrasado? Até a caderneta não mudou em nada: ora é azul, ora é cinza...
Em plena era digital, nós temos que recorrer ao bom e velho
mimeógrafo, porque a impressora da escola nunca tem tinta, ou
está quebrada. A sala de informática está repleta de computadores,
mas permanece intacta, constantemente fechada. Nunca está
pronta (há 02 anos). A escola tem uns três televisores e uns seis
aparelhos de dvds, mas nunca há espaço disponível para usá-los, a
não ser que improvisemos, e muito!
Mas o que importa, é que estamos todos: professores e alunos,
trancafiados e silenciados em uma sala de aula e não incomodemos
ninguém.
O professor deve mesmo estudar, se aprimorar, deve ter comprometimento
em seu trabalho, assim como todo profissional independente da
área de atuação. O que me aterroriza, é que não vejo na mídia
os maus médicos sendo expostos e cobrados por suas falhas, Muito
menos os advogados, ou até mesmo, os grandes jornalistas. Seriam
eles todos infalíveis?? Ou será que os professores estão fadados
a este estigma do profissional incompetente?
Já até vi médicos e advogados ministrarem aula, mas nunca me
lembro "na história deste país",de um professor prescrever
uma receita.
Será de fato, que em nosso país existe somente este professor
incapaz e folgado que a mídia projeta? Por que só o mau professor
merece foco? Cadê meus grandes amigos e parceiros pesquisadores,
intelectuais? Eu sei que eles existem, mas, parece que ninguém
mais sabe, e nem faz questão de saber.
Seria justa esta GENERALIZAÇÃO?
Parece um pensamento um tanto simplista demais, para alguém da
sabedoria do senhor Dimenstein, reduzir a tentativa de mudança
de uma situação assumidamente falida,- como é o caso da Educação
em nosso país- para um caminho que aponte para uma melhora,seja
ela qual for.
Até por questão de consciência e coerência, não se pode acreditar
que todo este movimento dos professores seja simplesmente pelo
reajuste salarial. É óbvio demais...
Mas o triste, é que apesar de todas as contradições da secretaria
da educação e demais órgãos, as pessoas insistem em acreditar.
O que posso fazer agora, além do que faço diariamente com meus
alunos, é convidar a quem duvida da situação precária e vexaminosa
da escola pública, a nos fazer uma visita...

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