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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobrenomes


Eu sou um nome sobre o nome que me deram 
e ainda não sei quantos sobrenomes hei de ter. 
Às vezes me chamam flor, poesia e mansidão, 
 outras tantas, ventania, tempestade, furacão. 
Sobre os nomes bem ou mal (ditos), 
teço a linhagem minha e dos meus. 
De minha avó, terços, benditos e uma história pra noite chegar. 
De meu avô, acordes aflitos, de uma rabeca que nunca escutei, mas que sei de meu pai contar. 
No terreiro, à tardezinha, o balé na vassoura da minha mãe. 
No fogão aceso à lenha na cozinha, um café pronto pra esquentar a casa, 
desenhar a cara da noite na brasa e aninhar a madrugada que se anuncia... 
e amanhã, de novo, outro café, pra outro novo dia...

sábado, 17 de dezembro de 2011

presente imperfeito

Já que os verbos me são rasos,

e os versos caros demais, 


conjugo as letras de tempos em tempos, 


no passado-presente-futuro


 em que desenho 


meu passo a passo.

eu

Não,


não sei o que me define.
.. 
às vezes acho que é o sonho, 


outras, não sei saber...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

verdades?

verdades-mentiras-inverdades-envergaduras enveredadas, vértebras de pontos-de-vista...

palavras

Palavras,
 (entre)laçadas em frases que ninguém dizia, 
quem diria,
 são abraços românticos no ventre da poesia...

vai chover

Os anjos estão borrifando gotículas de alegria em meu telhado...
meu chão vermelho, 
agora espelho molhado.
Meu eu inteiro, nesse embalo, 
dorme acompanhado...

vou coar um café

E Chronos grita aos meus olhos: 
- seu domingo já se foi, e você,
 o que foi neste domingo? 
E eu respondo: 
- não sei, mas vou coar um café...

eu amo você

Sim, 
eu amo você, 
mas o amor ainda é meu. 
Sou eu que sinto, não se preocupe, 
não precisa me amar por isso,
 nem tampouco me odiar quando ele, 
o amor se for, 
e restar outro sentimento no lugar, 
este, também sou eu que sinto,
não se preocupe em revidar...

dói, mas...

Dói o corpo, mas a alma também grita... 
uma ânsia bolorenta se agita
 e nasce a prece por uma ventania sem compostura 
e que açucare (quase) todo indício de amargura...

sábado, 24 de setembro de 2011

saudade

Sinto saudades da menina que mora em mim
e da menina fruto do ventre meu

Alma triste, quase sem filha,
deixou na casa um gosto de adeus
numa despedida marcada apenas
pela ida dos passos teus

que na sombra, levam os nossos/meus:
sonhos,  quimeras, verões e primaveras...

...nesta era de meio do caminho
meu olhar perdido (re)inventa um destino
e desacompanhado, outro caminho, outro sentido e possívelmente outro adeus

Luz

Sou estrela fria nessa noite escura, 


mas inda que morta, 


minha luz perdura, 


não teme a porta (do tempo nem do espaço) 


e alcança seu olhos, 


por pura travessura...

FUI ALI DISSERTAR, VOLTO LOGO

Daqui a pouco, muito pouco espero,
volto a poemar...
Por ora, só tenho verbos e verves para argumentar,
Dissertar é preciso, viver não
É já que minha nau volta a este porto
e tudo/todos/eu volto/amos ao (a)normal

domingo, 28 de agosto de 2011

Um dia desses

Um dia desses, 


num domingo desses qualquer,


tiro os meus sapatos, 


desamarro meus atos 


e desato em nós um desejo de céu e mar de pés descalços

domingo, 21 de agosto de 2011

Eis a questão


A vida é assim, 
feita de metades que se completam e co-existem.
Num dia lágrima triste, 
n'outro, sorriso,
porque a lágrima existe


Somos átomos e luz na dança universal do dia-a-dia, 
fazendo-nos luz e escuridão, ira e mansidão, 
verso e prosa tecidos na palma da mão da poesia


somos em essência, pedra e ar, o ser e o estar, 
com a diferença de que podemos ser conscientes... 
pensar ou  não pensar enquanto agimos,
eia a questão...

mudar é preciso?

Mais que mudar de casa ou de chão, 
sonho a alquimia que desvele em mim um outro, 
outra vista, outro ponto de iluminação... 
preciso de um foco em movimento, 
um formar em ação, 
uma transcendência que supere o visível, 
tangencie o impossível 
e se revele no desejo do vir-a-ser, 
simplesmente por SER

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

...solidão...

A solidão tem a cara de um prato de macarrão alho-e-óleo degustado na madrugada,
mas pode também, ter um cheiro de anti-inflamatório...
Em plena poesia, a solidão seria saboreada em uma xícara de café
e sobreviveria enquanto se esmaecia ao ritmo da fumaça,
janela adentro, janela afora, até que em um surto de alquimia se tornaria nada,
e do nada, novamente ao pó de café e outra vez à solidão...


Uma parte que vai...

Uma parte que vai, de uma parte que fica, 
é um todo que sai desavisado e sem olhar pra trás 
nem percebe o quanto pertencia e era pertencido, 
simplesmente porque mesmo indo embora, 
ainda permanece na parte, no todo e em tudo, 
ainda que suas lembranças não deem conta dos dias vividos...

Eu não sei quase nada...

Eu não sei dançar, não sei desenhar, 
não canto nada, não sou boa de cálculo 
e minha lógica quase não tem explicação. 
Não toco instrumento algum, 
não leio partitura, 
não tenho nenhuma erudição. 
Nem sou das artes, nem da ciência, 
pensamento quase sem religião. 
Não tenho habilidades que me sustentem 
e meu cordão umbilical perdeu seu sentido, 
ruma agora sem prumo, rumo sem rumo...

Antes

Antes de ser broto, 
a semente habita pacientemente o reino das sombras 
e bebe gole a gole os fios de sol 
que lhes chegam de mansinho 
em cada da manhã

domingo, 31 de julho de 2011

Tempo, tempo, tempo

Ah o tempo, o tempo. 
Muda a cara de tudo e de todos enquanto passa. 
Às vezes enquanto passa dói, 
mas a certeza é que jamais deixará ser aprisionado,
a não ser, por uma ideia, 
pois só a imaginação tem o poder de controlá-lo.

De alma posta e espírito atento...

De alma posta e espírito atento. 
Um olho na fala, o outro por dentro...
Assim de fora-pra-dentro-pra fora 
vou fazendo minha/nossa hora
e me/nos inscrevendo na história 
e no tempo.

Outro Plano

Num outro plano, 
às vezes longe do muro 
que os olhos se limitam a enxergar; 
muita vida ainda há de fazer, crescer, ser e se inspirar
Num plano,
onde não há planos a se fazer 
e os pés não precisam de chão pra caminhar, 
os sonhos são os corpos do viver e o rumo do olhar, 
encontro onírico do além-ser, 
vida que existe por simplesmente amar...

sábado, 2 de julho de 2011

lágrima(?)

O que dói não é ver a lágrima riscando a face. 
É antes sabê-la empedrada tentando romper o peito pra uma alquimia fluida, 
porque já não sabe mais seguir sua natureza...

Só queria...

Eu não quero um scarpin, 
não quero emagrecer milagrosamente,
 não quero um carro zero 
nem roupas, xampus, cremes, óculos e afins de grife. 
Só queria saber desenhar um sorriso ou um atalho onde fosse preciso. 
Só preciso de uma primavera e um prenúncio de verão numa orla qualquer...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Narrativa de um domingo à tarde


De repente, do nada, sem nem saber como e porquê, a Chiara (minha cachorra), que estava ao nosso lado tomando sol na grama do quintal, deu um salto e abocanhou alguma coisa ou algum ser que voava.
De susto, dei um salto também e vi em sua boca, de asinhas abertas e olhos vidrados nos meus como me pedir socorro, um passarinhozinho. Meu Deus! O que faria? Um pequeno movimento e o bichinho seria esmagado.
Corri até a cozinha, peguei uma banana e fui encostando-a à boca da Chiara para ver se ela aceitaria a troca. Gulosa que é (graças a Deus), aceitou e num rompante enfiei minha mão em sua boa e salvei o pobre passarinho, que até então, não havia se atrevido mover uma pena sequer.
Fiquei com ele um pouquinho nas conchinhas das mãos, fizemo-lhes um carinho, tiramos umas fotinhas e depois coloquei-o num galinho do pé de acerola. Ele deu um saltinho tremido, depois outro mais firme, depois outro, bateu as asinhas e levantou voo para continuar sua vida de passarinho daquele domingo...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Flor

Flor: promessa de fruto ou de Poesia;
Flor é festa pros olhos, é o início do dia;
Vida, é flor frutificada nos braços da primavera,
é estação, é canto, encanto, desencanto,
é amor desse tanto,
é um instante e uma era...

saudade...

saudade gelada, 
quente e fria, 
certa e torta,
 mansa e inquieta... 
saudade que brota assim do nada, 
meio desavisada, num canto qualquer da gente, 
é alma em estado de alerta, 
que no esboço da vida,
 é gravura incerta, 
como somos eu e você, 
mesmo sem saber...

terça-feira, 3 de maio de 2011

(des)espero

Quando tudo beira ao desespero,

quando tudo o que espero se reveste de avesso,

quando o trem da madrugada só chegou no outro dia

e a hora exata da chegada transfigurou-se em meia volta do meio do caminho...


resta-me ainda a chance de fazer uma tigela de bolinhos de chuva

e salpicá-los todos de canela...

sábado, 26 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Alma passarinha

Meu coração de passarinho
grita por um canto teu,
onde caibam minhas asas e minhas penas,
cenas desenhadas por mãos encantadas...
meu coraçãozinho vai explodir
por uma saudade quase desconhecida,
uma volta sem ter ida,
um ficar sem um adeus....
põe a roupa mais bonita
e ouve a prece desse coração que grita
só por te ver, um dia, passeando nos canteiros da poesia...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O jogo

O jogo recomeça num campo, nas ruas, nos lares, nas cruas vidas desenhadas de antemão,
Diante da luz artificial mil lábios dialogam com sombras conhecidas estampadas nas paredes em que um ser qualquer se revela, ouvem vozes dissonantes emudecidas na cândida página de uma tela e vidas se enlaçam de janela em janela com vistas sempre pro mundo que podem  ver

Estranhos conhecidos se encontram muitas vezes perdidos entre o real e o delírio, o normal  e o absurdo, a vida e a miragem, Talvez seja esse mesmo o jogo da passagem, em que os pontos são marcados na linha da incerteza, estágio de rara beleza, onde reinam as dúvidas, e os momentos ainda em flor,

Nunca aqui jaz o amor...

A Chuva chovendo

E os tambores do céu estão ruflando
enquanto a água escorrega lindamente 
lavando as ruas e as almas daqui... 


Sinfonia do céu desaguando na terra dos homens...

Quando fui chuva - Os Varandistas reunidos na varanda...

Composição: Luis Kiari e Caio Soh

Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

o que seria?

...seu mirar em minha mira 
o que seria?

outra alma 
ou enfim outra poesia?

Sobre Arthur Bispo do Rosário e todos os demais artistas-loucos do mundo

                                                                    
 Vai ver, 
o grande milagre do artista é ser visto como louco 
e ainda assim transformar-se 
enquanto transforma o mundo 'normal'.



 De louco a gênio, 
Ele transformou o ponto de vista alheio 
e todos foram obrigados a enxergar o que se recusavam a entender... 

Verso ou inverso?

Verso ou inverso?
Frente ou avesso? 
Fim ou começo? Um ou outro? 
O melhor será o liso ou o roto, 
o hoje ou o passado, o som ou o silêncio, 
o seco ou o molhado? 

A vida se faz dos contrários e de suas (re)combinações,
 impossíveis hoje, geniais em outro dia, outro agora, 
por isso que a vida não tem hora marcada nem destino certo,
bastando apenas fazer-se passo a passo...
nos instantes vários em que se personifica(nos)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quase canção

Olhos prontos pra partida, pros passos da ida,
incertos da solidão, do caminho ao longe, da escuridão.
Deste ponto adiante, antes dois, agora um rumo só,
antes sonhos, desejos, agora, na garganta um nó
que mareja
os olhos disfarçados de prontos pra partida,
com um rio de lágrima presa, com uma vela acesa na escuridão
Antes, um par, na rua, na sala, no salão,
agora, um em cada lado, mãos no bolso, choro calado
procura e espera, inverno e primavera,
os dois perdidos e libertos
nos traços dessa quase canção,

sábado, 12 de fevereiro de 2011

De prosa em prosa...

Daqui, vou seguir ao vento, 
afinal, vivo ao sabor dos ares mesmo, 
sem rumo, 
me aprumando somente em meus sentidos, 
que são vários...

...e eu que tava aqui, 
tristinha, com a alma quase cabisbaixa, 
já posso, no dia de hoje, 
olhar pra cima e sorrir, 
porque meu espelho (você) 
me desenhou um sorriso na alma. 
e olha que nem te contei 
que a Gratidão costuma tirar as almas dos purgatórios ...


...e eu que tava aqui, tristinha, com a alma quase cabisbaixa, já posso, no dia de hoje, olhar pra cima e sorrir, porque meu espelho (você) me desenhou um sorriso na alma. Obrigada, e olha que a Gratidão costuma tirar as almas dos purgatórios hein...

Que povo é esse?

Tive a sorte de nasceu a mais de mil metros acima do nível do mar
e sem asas saber do sabor das arribeiras e do cheiro da caatinga
desde pequena provava da secura da pele de alguns
e da fartura da alma de muitos que salivavam por natureza...
E por natureza tinham a sorte que comandava a umidade existencial
o norte conflitante deste povo lá de cima
de uns olhos tão sabidos e uma falas tão certeiras,

Lá nunca se sabe de Natal ou aniversários,
só da graça do dia que se tem

Lá nós nunca dormíamos até às dez
e nunca corríamos o risco de perder o trem ou o ônibus ou a esperança

A rota de lá é feita de todo dia e de sol a sol, de seca a seca, de fome
e milagres diários
e de um desejo de chuva tão grande que de tanto rezar
os pinguinhos d'água jogavam-se das nuvens e evaporavam-se no trajeto,
no meio do caminho,
nem viam  a cara do chão, da terra, do solo, da planta e do bicho sedentos

Esse povo meu carrega a poesia na palma dos risos,
nas asas e nos ninhos dos passarinhozinhos
que lhe são alma gêmea, par perfeito, espelho

e assim o engenho da vida vai girando no seu não-saber providencial
que só Deus, as crianças (e os corações dos passarinhos) têm ciência...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

(in)transparentementebicolor

Também já perdi minhas tintas por aí, 
ares que me assustam porque eu nunca vi...
 menos que um bicolor clássico, 
meu momento vezes e outra é incolor, 
(in)transparente tácito... 
Ficam assim, leve e breve 
o corpo e o espírito que a tudo sente, 
mesmo sem retina... 
ora branco luz, 
ora negro em flor, 
alma nunca mente...
peito cumpre a sina

Azul-escuro

De repente,
as paredes e o teto do meu dia 
foram tingidos de azul-escuro! 
Quem apagou a luz? 


Dá licença 
que vou lá fora 
pegar um pedacinho de lua
 pra alumiar minhas literas...

Diamantes no meu céu

Quem pintou diamantes em meu céu 
e escolheu a trilha desta meia noite e meia? 


E os grilos cricrilam como que querendo chamar minha atenção... 
tão bonitinho...

A sombra das borboletas

Meus Deuses,
o verão chegou pelas bandas de meu quintal... 
até o verde das folhas está dourado hoje
e sobre elas, um casal de borboletas, 
juntinhas, 
uma fazendo sombra pra outra. 


A propósito, borboleta tem sexo?

Uma varanda

Meu telhado, que era de laje, 
eu troquei por telhas de barro e armação de madeira... 


Construí uma varanda 
pra receber as tardes alaranjadas 
e em seus braços dançar a chegada da noite, 
a visita da lua, 
o encontro da minha alma com a tua....



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estou sentindo...

Estou sentindo o cheiro da noite aqui de minha sala.
De minha janela abro outras várias janelas 
e ouço até os braços dos abraços
de pessoas queridas em meu coração.


 Estou sentindo o aroma
noturno e lunático
repousar em meu colo, 
enquanto verto dias inteiros por entre meus olhos...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

(in)comum


E quanto à lágrima que caiu e você nem viu,
Ao choro engolido, ao sentimento corrompido
Em nome de não sei o quê

E quanto às noites no sofá que você nem sabe,
Os sorrisos invertidos pra tevê, pra alguém
Que nem sabe se eu existo,

Quanto tempo ainda resta, nessa vida, uma fresta
É o que sustenta a existência,
Parcimônia, paciência, num espelho nublado

Gente a gente, lado a lado e nenhum encontro,
Toque a toque, olho a olho e ninguém se revela

Vistas postas numa tela, de cristal, de papel, digital
Vidas tortas, distorcidas, desatadas, (des)tecidas
Sem um nó que as abrace, que resolva o impasse,
Que promova o enlace, que demova o desumano em nós...

Nós de cadarço, de madeira, de cetim, de algodão, de corda,
De fita, de cipó, de barbante, de aço, de amante, de um abraço...
Braço a braço, passo a passo,
 Não um sendo dois, nem dois sendo um,
mas todos sendo tantos, com sonhos em comum