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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Deixe...

Deixe que meu verbo reverbere em sua boca,
que a língua inflame
a poesia dita, bendita ou infame,
deixe-a língua,
íngua que latente arde
e que não tarde, nunca à míngua
sente, clama, fala, inflama
reverbera primavera desajustada,
infinita estação... louca
uma ou outra era sempre à espera
Deixe meu verbo voar aceso no céu de sua boca

deserto?

Já que tudo é certo, deserto

Decerto algum desacerto,

desespero,

acene a ferida aberta,

revele a incompletude,

a prosa incerta

e o rumo mude...

decerto...o incerto

...substantivo,

instância aparentemente rude

não-verbo ativo

cerne de tudo o que é vivo




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

pós...

o sentido da vida acaba quando o outro deixa de existir. 
resta assim somente um eu sem ter pra onde ir,
sem poder fluir além de si. 
existir implica interlocução, ego, superego, alteração...
alteridade em expansão de idos e sentidos, 
até que um dia, o outro deixar de existir em nós, 
e com ele, nossos olhos cegos... pós.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

fome

O que me sustenta é a fome; 
tenho sede de fome!!!

a vida

A vida, via de mão dupla, 
em seus atalhos e desvios, descaminhos e rodopios, 
simplesmente vai...
jamais em vão!!!

viu?

tudo é uma questão de pontos, de vistas...
ver! não ver! eis nossa contradição...
viu? 
não viu?... 
saia do ponto morto,
reveja a pontuação,
saia do ponto...
reformule a questão,
interregno...
interrogação?
viu?