Um dia desses,
num domingo desses qualquer,
tiro os meus sapatos,
desamarro meus atos
e desato em nós um desejo de céu e mar de pés descalços
A vida, via de mão dupla, em seus atalhos e desvios, descaminhos e rodopios, simplesmente vai... jamais em vão!!!
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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...
Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta
domingo, 28 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Eis a questão
A vida é assim,
feita de metades que se completam e co-existem.
Num dia lágrima triste,
n'outro, sorriso,
porque a lágrima existe
Somos átomos e luz na dança universal do dia-a-dia,
fazendo-nos luz e escuridão, ira e mansidão,
verso e prosa tecidos na palma da mão da poesia
somos em essência, pedra e ar, o ser e o estar,
com a diferença de que podemos ser conscientes...
pensar ou não pensar enquanto agimos,
eia a questão...
mudar é preciso?
Mais que mudar de casa ou de chão,
sonho a alquimia que desvele em mim um outro,
outra vista, outro ponto de iluminação...
preciso de um foco em movimento,
um formar em ação,
uma transcendência que supere o visível,
tangencie o impossível
e se revele no desejo do vir-a-ser,
simplesmente por SER
sonho a alquimia que desvele em mim um outro,
outra vista, outro ponto de iluminação...
preciso de um foco em movimento,
um formar em ação,
uma transcendência que supere o visível,
tangencie o impossível
e se revele no desejo do vir-a-ser,
simplesmente por SER
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
...solidão...
A solidão tem a cara de um prato de macarrão alho-e-óleo degustado na madrugada,
mas pode também, ter um cheiro de anti-inflamatório...
Em plena poesia, a solidão seria saboreada em uma xícara de café
e sobreviveria enquanto se esmaecia ao ritmo da fumaça,
janela adentro, janela afora, até que em um surto de alquimia se tornaria nada,
e do nada, novamente ao pó de café e outra vez à solidão...
Uma parte que vai...
Uma parte que vai, de uma parte que fica,
é um todo que sai desavisado e sem olhar pra trás
nem percebe o quanto pertencia e era pertencido,
simplesmente porque mesmo indo embora,
ainda permanece na parte, no todo e em tudo,
ainda que suas lembranças não deem conta dos dias vividos...
Eu não sei quase nada...
Eu não sei dançar, não sei desenhar,
não canto nada, não sou boa de cálculo
e minha lógica quase não tem explicação.
Não toco instrumento algum,
não leio partitura,
não tenho nenhuma erudição.
Nem sou das artes, nem da ciência,
pensamento quase sem religião.
Não tenho habilidades que me sustentem
e meu cordão umbilical perdeu seu sentido,
ruma agora sem prumo, rumo sem rumo...
Antes
Antes de ser broto,
a semente habita pacientemente o reino das sombras
e bebe gole a gole os fios de sol
que lhes chegam de mansinho
em cada da manhã
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