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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

quarta-feira, 26 de março de 2014

nexo

nexo indizível entre
o amplexo do impossível
e o cabível gesto de sonhar
reflexo de utopia na poça de água da rua
espelho torto que revela minha alma na tua
miragem(?) lunar

falar

falar de amor, ou seja lá o que for,
não é ser/viver o amor
é só olhar por sobre o amor e dele falar,
apenas falar do amor, ou seja lá que for

sem fôlego

e quando já sem fôlego, num último fio ar, perdeu o compasso
o ritmo, a valsa, a contradança...e por querer
estatelou...desistiu...cansou do que não viu
num susto entregou-se ao salto
e do alto, viu-se em terceira pessoa
o quanto havia escalado da montanha era imenso...
teve pena, medo, compaixão...treinou compreensão
entendeu que daquele ponto em diante,
além do céu ou o chão...
só restava imensidão...
e já sem fôlego, num último fio de ar,
suspirou...deixou-se flanar

segunda-feira, 17 de março de 2014

inexorável?

inexorável 
até o último suspiro,
depois disso,
a alma inteira desfeita
refeita em fios cor de flor
matéria do invisível
a qualquer olho nu
das vestes do espanto
só dizível nas sílabas
inauditas do amor
inexorável,
mas nem tanto...
depois disso
colo e acalanto

o moinho...

O moinho,
eternos ojos del niño
caminho necessário
coragem e medo
no (des)segredo
sonho do temerário...
sempre há um moinho ou outro pelo descaminho

Amar é...

A maré do amor,
na fúria e no esplendor 
do amar é...
humano-desumano
tantas vezes
sublime e insano
o feito efeito 
do próprio amor