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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Bonecas de milho

Estes dias tenho pensando muito em minhas brincadeiras de infância.
Conversando com uns amigos, comecei a falar de minhas bonecas, quando no meio da conversa, me dei conta do quanto meus protótipos de gente eram diferentes  dos da maioria das pessoas que conhecia.
Ainda menininha de cabelos queimados pelo sol, quando sentia vontade de brincar de boneca, corria até a roça de milho e lá, rodeada por "gente de milho" das mais variadas cores, eu podia escolher com quem brincar.

Me dava até ao luxo de brincar com três gerações de bonequinhas, que eram selecionadas pelos cabelos. Eu explico:
A bonequinha com cabelos mais escuros, quase ruivos, queimados pelo sol e ralinhos, era a avó. A de cabelos um pouco mais viçosos, brilhantes, meio alaranjados e fartos, era a mãe. E a bonequinha bem pequenininhas de uns cabelinhos loirinhos, fininhos e brilhozíssimos, era a filhinha.
É claro que o tamanho das bonecas também contava. Assim, a mais encorpada, com a palha mais grosa e verde escura - a avó -, ficava sempre ao lado da mãe, - de corpo grande, mas nada exagerado -, que segurava no colo a filhinha: aquela pequenininha, de cabelinhos loiríssimos.

Era assim que eu brincava de boneca na minha infância.
Lembro também que minhas bonecas, além de lindas, tinham um aroma maravilhoso!!!

Um comentário:

  1. A minha mãe contava para mim toda vez que me dava uma Barbie que quando menina fazia bonecas de milho. O milho para mim era labirinto, nunca foi boneca, que era buscada na loja sempre... Mas para as eternas meninas e meninos passo para frente a fantasia real da boneca-alimento do coração, do corpo, da alma, história...

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