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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobrenomes


Eu sou um nome sobre o nome que me deram 
e ainda não sei quantos sobrenomes hei de ter. 
Às vezes me chamam flor, poesia e mansidão, 
 outras tantas, ventania, tempestade, furacão. 
Sobre os nomes bem ou mal (ditos), 
teço a linhagem minha e dos meus. 
De minha avó, terços, benditos e uma história pra noite chegar. 
De meu avô, acordes aflitos, de uma rabeca que nunca escutei, mas que sei de meu pai contar. 
No terreiro, à tardezinha, o balé na vassoura da minha mãe. 
No fogão aceso à lenha na cozinha, um café pronto pra esquentar a casa, 
desenhar a cara da noite na brasa e aninhar a madrugada que se anuncia... 
e amanhã, de novo, outro café, pra outro novo dia...

2 comentários:

  1. que imagens belissimas e nostalgicas!!! Senti cheiro de café agora e o dourado do por do sol na minha pela e na parede...

    so preciso pensar mais por que sobrenome.

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  2. Acho que quis falar do nome que sou, dos nomes que me fizeram e dos nomes que deixo... algo assim, acho né...

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