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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O POEMA QUE ESCREVI

Preciso te contar do poema que escrevi
Que na madrugada de sábado
Não foi só de lágrima e solidão
Antes um apelo à mulher em mim
Que nessa madrugada deu-me a mão

Preciso te apagar inteiro pra me desapaixonar,
Preciso me fugir de ti, bem longe de todo lugar
Num cantinho qualquer ficar a sós
Viajar para longe da gente e numa xícara
De chocolate quente desatar os nós

Me deixar ficar inteira numa canção
fugir pra um fim de rua, num chalé afastado
Pra Europa, outra casa, outro portão
Outro chat qualquer, outra música enfim...
De carro, ônibus, avião, outra mulher em mim...

Nem mais nome, nem número, te apaguei do celular
Nem mais fome, nem mais medo, hoje vim pra ficar

Parece feio falar do fim, assim,
Mas preciso te contar do poema que escrevi,

Nem pra você, nem pra mim, só pra aguentar
Tudo o que antes era tanto, e hoje apenas uma carta lida
Tanto o que era tudo, e agora apenas uma lágrima solta
Irreconhecida

Antes um presente incerto que uma lembrança acesa
De um passado que por medo não se pôs à mesa.
A lembrança de hoje é o que foi feito do ontem
E o que foi feito de mim e de ti nessa estrada?

É isso que minha poesia torta quer dizer
Quer gritar, quer cantar, quer entrar
Ser bem vinda, mas não só pra você

É que eu te apaguei do celular
e não tenho nem malas pra fazer
E agora que só falta esquecer
Vou lacrar a caixa das lembranças,
Pois ainda não tenho coragem de queimar...

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