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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

quinta-feira, 9 de abril de 2009

LUA só LUA

Todas as luzes da casa estão acesas,
e a lua, solitária no céu, também se acendeu.
Não há como ignorá-la, brilhando sozinha
no azul marinho (quase preto) do céu,
Envolta em um gigantesco papel de seda
acostumado a abraçar maçãs,
a pequenina bolinha de ping-pong se aconchega
no colo imenso de ponta-cabeça
e faz questão de que não me esqueça
de nossa natureza de enxergar pouco
Em vez de fruta, um astro.
No lugar de um aroma, uma auréola, quase uma pérola.

No cantinho do meu jardim, a lua nua me aparece assim,
De surpresa, quietinha, impressa no espaço do mundo e no espaço meu

Grifa no céu uns versos misturados e com um branco quase calado
Embala os bons olhos na alma poética dos braços de Orfeu.

Um comentário:

  1. Hei D. Eva, salvo o engano, li este poema em sua casa no dia em que descobri que meu desejo se tornou real, pois bem, achei bom demais este post, esta poesia. A lua, pra mim, é algo muito emblemático, reconforta-nos na dor, inspira-nos quando necessário, enfim, uma espécie de curinga presente lá no alto

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