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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

dor fina

não há poema,
nem diadema,
nem coroa 
nem novena,
nem era nem quarentena
que resguarde uma cabeça assim
tão vazia de emoção,
tão ôca de alfazema.
não há traço que sustente,
não há rima que se aguente,
não há sonho que se alimente...
nem bezunto, nem morfina,

que entorpeça um corpo doído assim
de uma dor fina, dormente
de amor tão ausente, 
tão ferido, tão rasgado, tão espinho
de um compasso tão sozinho,
de um sentido tão perdido, 
choro engolido num caminho remendado...
nem bezunto, nem morfina,
remédio algum, nem aspirina...
não há poema,
nem diadema,
nem novena,

nem mais rima...

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