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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...

Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta

terça-feira, 3 de julho de 2012

Mãe d'água

Quando menina era comum receber a visita de Mãe d'água.
Ela vinha sempre trajada com um longo e enfeitado vestido verde.
Vinha linda e perfumada.
Seus cabelos compridos traziam o aroma dos vários céus por onde deve ter caminhado.
Cheirosa nos cabelos, na roupa, na pele, no gesto.
Tinha uma voz doce e familiar que com frase curtas, tomava a forma de acalanto, nas palavras que até hoje reverberam em minha cabeça.
Era assim que Mãe d'água vinha, vestida nas vestes de minha Mãe.

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