Já que não há outra opção
visto todos os dias minha armadura meio Dom Quixote meio Palhaço
e que me atirem no peito!!!
De alma lançada numa verdade que não me pertence,
Mas que insiste em me existir,
Lanço mão da resistência maior que em mim há:
Laço poemas
Poemo na cozinha, no fogão, na sala, na estante
E nos versos que diversos em mim,
Reinventam minha força, minha roupa, meu desejo
Por ora,
acho que vou ter que tirar minha armadura e
vestir meu uniforme de Amélia
mais uma das armaduras para enfrentar mais uma das batalhas
só que agora sendo outra...
que apesar da troca da blindagem, seu coração permanece o mesmo,
e só cresce dia a dia de luta e esperança
é preciso ser muitos pra se vestir de mulher
...amo essa prosa...
ResponderExcluir...essa verve me inunda...
já que não há escolha
ResponderExcluirvisto-me de joana
a santa dos matadouros
a santa
e que me queimem os aflitos!!!
com a palavra mergulhada nessa verdade
que não minha
mas que insiste por minha boca,
deixo: pelo meio-fio sílabas...
queimo poemas
nas lâmpadas, nas cortinas, nos cinzeiros.
e nas horas em que múltiplo espio.
Por ora,
acho que vou ter que limpar minhas chagas
revestir meu uniforme e sorrir
um sorriso mesmo
e outro
ainda que sangre
a aurora