Para viver a gente faz o que não pode.
Para sobreviver, falamos sobre a vida como se a mastigássemos e engolimos saliva.
Viver é salivar e engolir a seco?
A vida, via de mão dupla, em seus atalhos e desvios, descaminhos e rodopios, simplesmente vai... jamais em vão!!!
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Sonhar é preciso, nem que for sonho de padaria...
Nem uma coisa nem outra, o que há entre elas é o que me encanta
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
um girassol
Quando eu era menina eu admirava o movimento dos girassóis. Queria saber porque ele gostava tanto de sol. Até imitava-o.
Com ele aprendi a olhar pra tudo que é grande e intocável.
Aprendi com o girassol todos os azuis do céu e todo verde-azulado ou vice-versa dos mares.
Conheci encanto pelo céu e pelo mar na mesma proporção.
Compreendi que a natureza, a vida, o mundo estão postos, nós é que precisamos nos orientar pelo que nos encanta.
Como os girassóis.
Com ele aprendi a olhar pra tudo que é grande e intocável.
Aprendi com o girassol todos os azuis do céu e todo verde-azulado ou vice-versa dos mares.
Conheci encanto pelo céu e pelo mar na mesma proporção.
Compreendi que a natureza, a vida, o mundo estão postos, nós é que precisamos nos orientar pelo que nos encanta.
Como os girassóis.
domingo, 1 de novembro de 2015
do tempo
Eu não tenho mais tempo! Gritou ao se dar conta dos cabelos brancos, das dores nas juntas, das recusas do corpo, das falhas na memória... Eu não tenho mais tempo! Sussurrou em pensamento ao seu pé do ouvido...
Voltou ao espelho. Reviu os detalhes de seu corpo. As pintas na pele das mãos; o riso torto, quase sem simetria, a opacidade dos cabelos, os limites da visão, dos movimentos, dos desejos...Emudeceu. Amedrontou-se.
Deu as costas e uns passos no sentido de ir embora. Não hesitou. Voltou ao espelho e perguntou silenciosamente por aquele menino que corria a rua inteira sem saber de tempo algum.
Você não tem mais tempo! Nunca teve! Tempo é coisa que corre e não se vê, apensa é. Sussurrou-lhe o menino ao pé do ouvido.
E diante dos olhos do velho o menino abriu um novo espelho e deixou-se rir. Riram. De si. Do tempo.
Voltou ao espelho. Reviu os detalhes de seu corpo. As pintas na pele das mãos; o riso torto, quase sem simetria, a opacidade dos cabelos, os limites da visão, dos movimentos, dos desejos...Emudeceu. Amedrontou-se.
Deu as costas e uns passos no sentido de ir embora. Não hesitou. Voltou ao espelho e perguntou silenciosamente por aquele menino que corria a rua inteira sem saber de tempo algum.
Você não tem mais tempo! Nunca teve! Tempo é coisa que corre e não se vê, apensa é. Sussurrou-lhe o menino ao pé do ouvido.
E diante dos olhos do velho o menino abriu um novo espelho e deixou-se rir. Riram. De si. Do tempo.
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